Enquanto leio textos de outras pessoas, tenho inveja. E quando olho para as minhas mãos, sinto vergonha. Uma pergunta me assombra: Para onde foi tanta inspiração com as palavras?! Estimulado, mantive dois blogs simultaneamente por cerca de um ano. Hoje, diante do computador e de tantas construções que causam em mim reações diversas, sou impotente. Tenho um livro bastante interessante escondido no guarda-roupas e pouquíssimas vezes o abri. Tenho mantido a paixão pelos sentimentos disfarçados em forma de letras, procurando diariamente frases de autores que mais representem o meu estado de espírito. Posto-as em redes sociais e alguém do outro lado da tela sempre se identifica e as repercute. E isso me agrada. Recentemente embarquei na febre do Twitter e estou gostando da experiência. Encaro todas essas atitudes como se fossem a reinvenção e/ou o desenvolvimento de uma característica que carrego comigo como o sangue: o desejo de criar constantemente. Creio que não tenha parado de enxergar com olhos bem particulares o cotidiano em minha volta. Apenas acho que ele tem causado em mim outros tipos de impacto. Mas ainda assim sinto falta do texto que esbarra em mim nas ruas de forma inesperada, que trago comigo pra casa e despejo na ponta dos dedos aqui. Fico esperando que qualquer dia desses eu tropece numa boa estória e consiga prendê-la até a minha inspiração encontrar com ela e acordar aquele pedaço de mim que tanto faz falta...
Era uma vez...
Há 7 anos