Os dias anteriores foram de intenso trabalho. À noite, ruas vazias de gente. E o que eu esperava ser um reveillon divertido, virou frustração, indignação. Gritava em silêncio perguntando como a segunda maior cidade do estado podia receber daquela forma medíocre um novo ano? Até agora não encontrei a resposta.
Num dos cartões postais de Campina Grande, o açude velho, a paisagem linda se confrontava com vários rostos de desânimo. Nem percebi quando a meia-noite chegou. Só ouvi algumas palavras de felicidade e tentei admirar doze minutos interrompidos de fogos. Fechei os olhos por um segundo apenas e me vi à beira-mar. Era onde queria ter encerrado 2009: diante de um pedaço importante da natureza que me aproxima de Deus. Queria ter agradecido lá a excelente fase, mas aquele segundo de mentira não era o bastante.
Pela cidade, pouco movimento e bares fechados. No caminho de medo, ainda ouço resmungos das pessoas sobre o mesmo assunto. "Jamais moraria numa cidade dessas", foi uma frase forte até para mim que estava chateado. Era 2010 em Campina Grande.
A festa que deveria ter coroado um ano de vitórias não foi das melhores. Mas quem disse que ela só poderia ter acontecido na noite do dia 31?
Feliz Ano Novo!
Feliz Ano Novo!