domingo, 3 de janeiro de 2010

2009-2010


Os dias anteriores foram de intenso trabalho. À noite, ruas vazias de gente. E o que eu esperava ser um reveillon divertido, virou frustração, indignação. Gritava em silêncio perguntando como a segunda maior cidade do estado podia receber daquela forma medíocre um novo ano? Até agora não encontrei a resposta.

Num dos cartões postais de Campina Grande, o açude velho, a paisagem linda se confrontava com vários rostos de desânimo. Nem percebi quando a meia-noite chegou. Só ouvi algumas palavras de felicidade e tentei admirar doze minutos interrompidos de fogos. Fechei os olhos por um segundo apenas e me vi à beira-mar. Era onde queria ter encerrado 2009: diante de um pedaço importante da natureza que me aproxima de Deus. Queria ter agradecido lá a excelente fase, mas aquele segundo de mentira não era o bastante.
Pela cidade, pouco movimento e bares fechados. No caminho de medo, ainda ouço resmungos das pessoas sobre o mesmo assunto. "Jamais moraria numa cidade dessas", foi uma frase forte até para mim que estava chateado. Era 2010 em Campina Grande.
A festa que deveria ter coroado um ano de vitórias não foi das melhores. Mas quem disse que ela só poderia ter acontecido na noite do dia 31?
Feliz Ano Novo!

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