sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Manual da indireta


Imagem: internet

Nem todo mundo sabe usar a sinceridade com elegância. Para estas pessoas, eu aconselho: sirvam-se das indiretas. Ao contrário do que andam espalhando internet afora, eu acredito no poder de ajuda que elas carregam. Eu mesmo já fiz uso deste recurso várias vezes nas redes sociais, com o objetivo de dar aquele toque a quem tenho apreço, mas não sou tão próximo a ponto de arriscar jogar uma "verdade" na cara. Se a carapuça vai servir ou não; se ela vai ser ponto de partida para uma mudança positiva ou não; se vou ser mal interpretado ou não; isso NÃO importa. Para uma minoria, a intenção ainda vale algo. E eu pertenço a este grupo, com orgulho!

Só peço que não misturem a boa função da indireta com covardia, maldade, imaturidade. Certifique-se de que as suas postagens possam facilmente ser enquadradas naquela categoria das críticas construtivas. Mesmo que não cheguem ao destinatário correto e seja decodificada preservando a orignialidade, que sirva de boa reflexão. Aí vale um lembrete: depois de clicar em botões como "publicar", "tweetar", "compartilhar", "enviar", as suas palavras chegarão a várias pessoas ao mesmo tempo, que estarão, cer-ta-men-te, inseridas em contextos de vidas também distintos. É aquela coisa do "atirar" na direção de apenas um indivíduo e acertar dezenas. É assim também que se cultivam desafetos...

Tenha em mente um problema que não seja exclusivo e, nas pontas dos dedos, responsabilidade. Para gente que não respeita a liberdade de expressão, basta um "Não é somente a sua opinião que deve ser levada em conta!". Aos preconceituosos, "Respeite as diferenças. A personalidade do ser humano não foi construída em linha de produção.". E por aí vai.

Claro que sou profundo defensor da conversa direta, de preferência olho no olho. Só que nem sempre ela é viável. Então, ficar parado é que não pode. Com dicas genéricas, que constituem pequenos gestos, você pode fazer coisas grandiosas. Que sejam para o bem... Penso assim, vocês podem respeitar a minha opinião?

Ps.: Este texto não foi direcionado a nenhuma pessoa. Surgiu de uma conversa de bar com um querido amigo.

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