terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Parecia o mar


Não fosse o barulho de um ou outro carro que passava na rua, parecia que estava diante do mar em plena noite. O rumor do vento, a escuridão, o cheiro... Por alguns instantes anulei o espaço em que estava e me transportei para o mar.
Esse lugar sempre exerceu sobre mim forte controle. Quando criança, fazia-me correr às pressas ao seu encontro, vontade que tenho ainda hoje e que parece não cessar. E a atração é facilmente explicável. Pela poesia que possui, o mar me fascina. O passar das águas sob os pés dá a sensação de flutuar, de movimentar-se mesmo estando imóvel. A imensidão evidencia a "insignificância" do ser humano diante da grandeza infinita. O vai e vem das ondas refletem com perfeição as idas e vindas em nossas vidas. Será que a vida também se inspirou no mar? Pois não teria outra melhor. E os excelentes conselhos vindos dele... Espaço ideal para a reflexão profunda e ajuda para escolhas decisivas.
Foram frações de minutos apenas. Abri os olhos. Diante da janela do meu quarto, apenas as luzes da cidade e um silêncio enganador...

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